quarta-feira, 29 de abril de 2009

SEM PALAVRAS

O compromisso assumido pelo Senhor Ministro de Estado e das Finanças a quando da apresentação da proposta de Lei da Mobilidade, proferido perante os Deputados, na parte respeitante às obrigações da Administração não tem sido, minimamente cumprido.
Destacamos de entre essas palavras, que não têm tido correspondência na acção, as seguintes:
“Queremos reformar a Administração Pública, é certo, mas contando com os Funcionários Públicos, envolvendo-os activamente nas soluções legalmente configuradas e procurando que a sua afectação seja a mais adequada.


A mobilidade especial é pois um processo, e um processo que abre efectivamente caminhos aos
Funcionários Públicos. Abre caminhos para que sejam afectos aos serviços onde são mais precisos, abre caminhos ao reforço das suas capacidades profissionais, à sua requalificação profissional. Abre inclusivamente caminhos a um futuro profissional que pode assentar no
empreendedorismo ou no mercado de trabalho privado.

É por isso que o Governo tem dito, e aqui reafirmo: o Estado não vai despedir funcionários públicos.

Por isso, esta reforma contribuirá para a dignificação do exercício das funções públicas e para o prestígio dos funcionários públicos.

A Proposta de Lei em discussão preserva e tutela o estatuto dos trabalhadores e respeita as suas carreiras.
Cria, inclusivamente, condições de melhoria da sua empregabilidade ao consagrar mecanismos de requalificação e de reorientação profissional dos funcionários públicos.
O que o Governo quer e se propõe fazer é ajudar os funcionários públicos a reiniciarem a sua actividade profissional, seja na Administração Pública ou, em última instância, e se for essa a sua opção, fora dela.

Enquadrar o sistema de mobilidade especial não deve, pois, ser fonte de ansiedade ou de receio para os funcionários públicos. O Governo sabe bem a dimensão qualitativa e quantitativa desta realidade, e não deixará os funcionários públicos sozinhos, ao abandono.

Não há cortes cegos.

Há avaliação do que é necessário para que os cidadãos, as empresas, o País sejam adequadamente servidos: com eficácia e eficiência para que os contribuintes não tenham que
pagar os desperdícios de uma Administração Pública mal organizada e mal gerida. Nesta reforma, todos os funcionários e agentes da Administração Central estarão envolvidos.


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